quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aquele senhor cativante, sempre pronto com um sorriso no rosto e uma piada ou uma brincadeira para gargalharmos todos, esse é meu terceiro pai. Ele é meu pai porque é pai daquele de quem herdei os genes. Não somente por isso, é meu pai porque me ensinou muitas coisas. Em sua estante, em sua casa, entre livros muito interessantes, um deles se destacava: volumoso, capa de couro e letras douradas, guardava histórias que mudariam minha vida. Meu avô, tão apaixonado por conversar das coisas de Deus me fez admirá-Lo, o que depois aprendi a adorá-Lo.
Tenho saudade dos tempos de infância, quando passava as férias caminhando com ele na rua (eu que tinha de correr para acompanhar seu passo apressado), conversando à noite sobre qualquer assunto, indo à igreja e outras tantas coisas que fazem parte importante de mim. De estar junto, aprendi coisas preciosas, como o respeito ao próximo, a cordialidade e o apreço a coisas simples, além da admiração que tenho pelas pessoas mais velhas, que viveram muitas vezes mais do que eu.

Meu segundo pai, Deus me presenteou. Na verdade foi cem por cento pai e uns ciquenta por cento mãe, visto que teve de exercer um pouco mais de suas funções. Um homem sério por fora, com o coração de manteiga. foi ele quem trabalhou duro para me dar abrigo, roupa, alimento, educação e uma série de conselhos que ainda carrego comigo, pois me fizeram desviar de muitos perigos. Ele sempre me ensinou que a vida é dura e não é nenhum faz-de-contas, que é preciso algumas doses de sofrimento para chegar em algum lugar.
Meu pai é meu herói. E me arrependo bastante de não haver percebido essa presença diária em minha vida. Mas heróis são assim mesmo, evitam aparecer. Ele nunca precisou me bater para me disciplinar, ele nunca gritou comigo para eu o respeitar, ele nunca disse que me amava, mas na verdade ele nunca precisou me dizer, pois ele sempre demonstrou em atos seu amor por mim.

Meu primeiro pai foi quem me criou. Seu amor por mim nunca teve fim, mesmo nas épocas quando eu era um filho rebelde e fazia piada dEle, mesmo quando eu fazia as coisas as quais Ele me ensinou a evitar, quando eu fugi pelo caminho da escuridão. Ele me ama de uma maneira cuja explicação me foge de minha capacidade de explicação. Para que eu voltasse, decidiu morrer por mim, mesmo me sendo imerecido, mesmo eu podendo ignorar seus esforços, optou pelo risco e se pôs naquela cruz, a mesma que está estampada em minha visão e me fez mudar. Posso lhe dizer que não sou muita coisa, mas o pouco que há em mim é por causa dEle, porque ele próprio me ensinou e me acolheu de volta... e, sabe, como estou ansioso para voltar ao lar!

Tudo o que sou eu agradeço a eles: Jonas, Luiz e o Deus Eterno, meus três pais.

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