Essa é minha afirmação, gosto de escrever e de me expressar, mas me sinto imaturo para me considerar um poeta, escrevo umas coisinhas, umas porcarias que o pessoal chama de poema, umas brincadeiras com palavras, meio sem nexo, entanto são uma forma de expressão, como um grito, mesmo desafinado, não deixa de ser uma forma de comunicação.
Não sou poeta
Não sou poeta
(embora me afirmem ser)
Poeta é aquele que exala inspiração dos seus poros,
que consome em chamas frias toda sua vida;
enquanto somente brinco com palavras,
penetro no universo semântico
com os olhos arregalados de um menino entre homens
e trelo com tudo o que tem,
como se montasse bloquinhos de Lego.
erigindo construções monolíticas com minhas palavras.
Jogo dados com a sintaxe, a fonética e os morfemas;
embaralho os verbos num trunco truncado.
Por isso meus versos são tão bobos,
de amador sem esmero,
parco de fundura e sentido,
cavando dois palmos adentro de um coração tão fundo.
Poeta também é aquele que toma as rédeas
e doma a poesia, um manso alasão.
Me sinto como se tentasse domar dragões alados:
impossível; rebelde a poesia voa além do firmamento
levando a inspiração que tão volátil se exaure.
Os poetas de verdade criam,
eu somente absorvo - antropofágico, autófago;
os poetas observam o mundo pela janela
e pelas janelas de suas retinas,
eu só passo direto no mundo sem me abstrair,
como se fora estrangeiro.
Embora não tenha o dom da escrita,
assim mesmo minha vida torna-se a mais bela poesia,
mais bonita que o livro de Robinson Crusoé,
que os romances piegas
ou mesmo aqueles filmes dos anos trinta.
Eu vivo uma história de amor e de guerra,
de uma batalha que não é mais de maus contra maus,
onde o sangue e o estrondo de bombas ecoam sobre a terra.
Vivo uma guerra mais cruel,
contudo uma guerra onde há o lado do bem e a vitória.
Uma guerra além dos olhos onde há a esperança e o resgate,
Aliados e traidores, vitórias e derrotas,
soldados que morrem por outros e vivem, e onde há a verdadeira vitória.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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