"Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?
Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.". João 18:10
Ouvi falar dele,
narravam-me sobre seus atos
principalmente seus conselhos notáveis.
Ouvi falar dele,
os outros guardas relatavam suas polêmicas.
Sapientíssimo, com sabedoria persuadia
ou enraivecia os ditos sábios.
Ouvi falar daquele homem,
sobretudo pelas maldições
que os sacerdotes dirigiam ao seu nome.
Ouvi falar daquele homem,
ainda mais sobre suas curas,
e foi por meio delas o conheci.
Fui designado no breu da noite alta
a capturar o homem de Nazaré;
entre as trevas, com os outros guardas.
Pronto para enfrentar uma insurreição,
deparei com um homem suave,
traído por um beijo, por um dos seus amados.
Aquele homem não reagiu às correntes,
pelo contrário, firme se permitiu maniatar,
deixou-nos subjugá-lo.
Entanto, no desespero da captura
seu servo reagiu,
brandiu sua luzente espada;
ouvi-lhe com ela cortar o ar
e minha orelha direita.
Caído ao chão, senti a viscosa quentura do sangue
escorrer pelo pescoço e barba,
gotejando de minhas mãos.
Em meio a tanto alvoroço,
os seus o abandonam,
enquanto aquele homem veio até mim
para me curar.
Senti suas mãos misericordiosas
ligarem as cartilagens de minha orelha.
Senti-me maravilhado e perplexo diante desse milagre.
Ele me humilhou humilhando-se a mim.
Com a nova orelha ouvi-lhe pasmado dar ordem ao servo:
“guarda a espada”, “beberei do meu cálice”...
ao ouvir, lancei fora minha lâmina
e comecei a seguí-lo.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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